29 nov
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Energia solar: um futuro sustentável

A energia solar fotovoltaica é gerada a partir da incidên­cia de luz solar em placas fotovoltaicas. Seu uso pode redu­zir em até 95% a dependência da energia distribuída pelas concessio­nárias. Além disso, trata-se de uma fonte renovável, sendo assim, de baixo impacto ambiental. No Brasil esta é uma opção viável para redu­ção de custos e está, apesar de ain­da pouco utilizada, em expansão.

O engenheiro eletricista Pedro Provázio explica que só no ano de 2016, o setor cresceu mais de 300%, com perspectivas ainda maiores para os próximos anos. “É preciso pensar em soluções que atendam às demandas sem prejudicar o meio ambiente. A energia fotovoltaica se utiliza basicamente da incidência solar. Com o investimento no siste­ma é possível garantir um retorno do valor despendido em aproximadamente 5 anos”, afirma.

De acordo com a Associação Bra­sileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil possui 12.520 sistemas solares fotovoltaicos conec­tados à rede, trazendo economia e engajamento ambiental a 13.897 unidades consumidoras, somando mais de R$ 850 milhões em inves­timentos acumulados desde 2012. Dados mais recentes da área de al­ternativas energéticas renováveis e sustentáveis revelam mais expansão.

“Esses números cresceram muito rapidamente, nesse ano de 2017, já se tem mais de 16.000 sis­temas fotovoltaicos homologados gerando energia no Brasil. Gran­des usinas fotovoltaicas já estão funcionando e outras ainda maio­res estão em construção”, revela Marcelo Reis Viana, representan­te comercial BrS Energia.

Atualmente, o Fórum Perma­nente de Assuntos Relacionados ao Setor Energético do Estado de Goiás, instituído pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, é presidido pelo deputado estadual Simeyzon Oliveira, e tem como ob­jetivo fomentar o uso de fontes ener­géticas renováveis e não degradá­veis e integrá-las a matriz hidráulica em Goiás. Para a elaboração de polí­ticas públicas e adoção de medidas que buscam o desenvolvimento da energia solar em Goiás foi criado o Programa Goiás Solar.

Entre as principais ações do Goiás Solar, explica Simeyzon, es­tão a isenção de ICMS para micro e pequenos geradores e consumido­res de energia solar, a ampliação e a criação de linhas de crédito exclusi­vas para financiamento, a simplifi­cação do licenciamento ambiental para instalação de usinas solares, o uso de placas solares nas casas dos programas habitacionais do Estado, bem como o uso de energia solar em prédios públicos e o estímulo à vinda e criação de novos empreen­dimentos para o Estado.

“Há dois anos, quando instituí­mos o Fórum Permanente de As­suntos Relacionados ao Setor Ener­gético do Estado de Goiás, tínhamos 16 conexões de sistemas de energia renováveis, em todo o Estado. Com esses incentivos nós conseguimos sair de 16 conexões para 487 cone­xões. O Estado de Goiás ocupava o 18º lugar no ranking nacional e hoje já somos o 6º. Tivemos um avanço, em dois anos, imenso e a projeção com o programa Goiás Solar é que nos próximos dois anos vamos che­gar na primeira colocação, como Es­tado de maior produção de energia de fontes limpas”, avalia.

VANTAGENS

Para o presidente do Fórum Per­manente de Assuntos Relacionados ao Setor Energético do Estado de Goiás, Simeyzon Oliveira, as vanta­gens do uso da energia solar para a sociedade e meio ambiente são sig­nificativos em termos de economia e sustentabilidade. Ele menciona que a primeira vantagem é o fato de se tratar de energia limpa sustentável.

De acordo com ele um dos gran­des geradores dos gases de efeito estufa são as usinas termelétricas que têm sido ligadas com a crise hídrica aumentando os valores das tarifas, com queima do combustível fóssil e danos ao meio ambiente. Si­meyzon observa que sendo o Brasil signatário da da COP 21, acordo de extensão global para frear as emis­sões de gases do efeito estufa e para lidar com os impactos da mudan­ça climática, a redução dos gases de efeito estufa, principalmente o CO2, tornam-se prioridade.

“Nossa luta pelas energias reno­váveis tem dois viés: primeiro, na redução das tarifas com relação a utilizar o mínimo possível as ter­melétricas; segundo, pela questão de serem energias limpas, que não geram nenhum tipo de poluição e o Estado de Goiás tem um grande potencial nessa geração de ener­gia, tanto por biomassa ou fotovol­taica. Somos o segundo Estado em incidência solar no Brasil, logo nós temos um potencial imenso que ainda é pouco explorado”.

Para o representante comercial Marcelo Viana a energia solar foto­voltaica melhora a qualidade de vida das pessoas, ao evitar o envio de mi­lhões de toneladas de poluentes na atmosfera, além de ser uma fonte crescente de empregos e economia.

“Você pode reduzir sua conta em até 95%, depende da sua tarifa e em que grupo de consumidor você está enquadrado, entre outros fatores. O último cliente que instalei, o Stopbar no Parque Atheneu, vai pagar o sis­tema em menos de 5 anos. Vai tro­car 300 contas ou mais (300 meses, ou 25 anos, que é o tempo de garan­tia das placas fotovoltaicas), por me­nos de 60 contas (o payback é de cer­ca de 5 anos = 60 meses)”.

Ele acrescenta que empresas que optarem por financiamen­tos podem ter uma redução ime­diata de até 20% na conta. “Você troca uma conta que aumenta a cada ano por outra de menor va­lor e congelada em parcelas fixas. E, após quitar as parcelas, você passa­rá a pagar somente a taxa mínima”.

Marcelo esclarece que se uma pessoa tem interesse em instalar o sistema de energia solar em casa ela precisa procurar uma empresa especializada, de preferência que já tenha sistemas instalados, e leve/ envie a cópia ou foto da última con­ta de energia. “Pelos dados da con­ta o seu sistema é dimensionado utilizando um moderno software específico, e é elaborada uma pro­posta comercial com todas infor­mações necessárias para se anali­sar a viabilidade do negócio. Vale lembrar que ela é muito viável tam­bém para empresas. A economia é proporcional ao consumo, não im­porta o tamanho do consumidor”.

Ele ainda ressalta que as pessoas que produzem energia solar recebem créditos por quilowatts hora, que podem ser usados em até 60 meses. Em Goiás existem cerca de 200 unidades instaladas e homolo­gadas, que produzem energia solar. Marcelo fiz que Goiás subiu de 16º para o 8º em produção de geração distribuída e afirma que até o fim do ano que vem, sejam criadas 5 mil unidades em habitações populares.

Fonte: DM/Cotidiano